A Bolha Quebrada
- 21/11/2025
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A história começa com uma mulher que acreditava no casamento, na parceria e no cuidado mútuo. Ela sonhava com um lar onde os dois caminhassem juntos, dividissem responsabilidades e se apoiassem nos momentos difíceis. No início, ele prometia muitas coisas: dizia que ia ajudar, que ia mudar, que ia apoiar. Por fora, parecia ser um homem presente. Mas, na prática, tudo não passava de uma bolha. Uma bolha frágil, bonita por fora, mas vazia por dentro.
Ele falava bonito. Dizia que estava ao lado dela, que queria o melhor para a família, que apoiava os sonhos da esposa. Porém, quando chegava a hora de agir, ele fazia o contrário. Manipulava, culpava, distorcia as situações. Sempre havia uma desculpa pronta para tudo: para não ajudar, para não trabalhar, para não mudar, para não melhorar.
Sempre que os negócios dele não davam certo, a culpa recaía sobre ela. “Você não apoiou”, “Você não quis”, “Você não deixou”, “Você não entende”. A esposa aconselhava, orientava, pedia para não gastar com coisas desnecessárias, tentava organizar a vida da família, mas ele ia lá e fazia exatamente o que não deveria. E depois ainda colocava a culpa sobre ela.
Essa manipulação ia muito além do dinheiro. Ia para a saúde, para os filhos, para o emocional. Quando ela sentia fortes dores de cabeça e precisava consultar um neurologista, ele dizia que não tinha dinheiro — mas tinha para viajar sozinho, comer fora, dormir em hotel, passear sem a família.
Para acompanhar no médico, nunca tinha tempo. Para ir com os filhos nas consultas, também não. Mas quando era para ir à igreja, aí sim, tudo parecia perfeito, como se fosse uma família unida.
A esposa começou a perceber que vivia sozinha dentro do casamento. Cuidava dos filhos, da casa, da rotina, das contas, das doenças, das dificuldades. Ele não consertava nada em casa. Quando ela contratava alguém, ele reclamava, criticava, dizia que faria melhor — mas nunca fazia.
A manipulação também chegava aos filhos. Ele queria que eles pensassem como ele, que obedecessem a sua opinião, que acreditassem na sua versão das coisas. Mas, ao mesmo tempo, não participava da rotina, não era presente.
A esposa se via presa numa relação emocionalmente desgastante. Não havia agressão física porque, desde o começo, ela havia deixado claro que jamais aceitaria isso. Mas havia outro tipo de violência: a psicológica. A manipulação, a inversão de culpa, o abandono emocional, a falta de apoio, o desprezo pelas necessidades dela.
E, no meio de tudo isso, a mulher continuava firme. Cuidava da casa, sustentava o lar, cuidava da saúde dos filhos, e tentava cuidar da sua própria saúde, mesmo sendo deixada para trás. Uma mulher guerreira, que enfrentava as lutas diárias sem apoio de quem deveria ser parceiro.
Com o tempo, ela começou a enxergar a verdade: não era ela que estava errada. Ela não era culpada pelos fracassos dele. Não era ela que criava dificuldades. Ela apenas tentava manter tudo em pé, enquanto ele criava desculpas para não assumir responsabilidades.
A história dessa mulher mostra como muitas vivem: sozinhas dentro do próprio casamento, sendo luz em um ambiente onde o outro prefere viver na sombra da manipulação.
Mas ela não estava completamente sozinha.
Ela tinha seus filhos, sua fé, e a força que Deus colocava dentro dela, uma mulher que enfrenta tempestades sem desistir e continua de pé. O caminho a ser percorrido vai ser difícil, mas com esperança e coragem sua vitória vai ser grande. Suas conquistas e sonhos vão ser alcançados, essa mulher é determinada a seguir com seu propósito de vida.
E é nessa força que ela começa a renascer, percebendo que a bolha estourou, e que agora é hora de respirar de verdade.
Rádio Alexia K.
